Noroeste: Momento é de incerteza
Redação
Estevan Pegoraro decidirá sobre candidatura à presidência nos próximos dias Foto: Bruno Freitas / ECN |
Clube bauruense vive impasse para segundo semestre e pode colocar restante da temporada em xeque. Eleições presidencial poderá ser antecipada.
Após a melancólica eliminação do EC Noroeste nas quartas de final do Campeonato Paulista da Série A-3 diante do Barretos, no estádio Alfredo de Castilho, a diretoria do clube, através do presidente em exercício, Estevan Pegoraro, anunciou o desligamento, de maneira oficial, do técnico Betão Alcântara, que após a partida, já falava em coletiva, em tom de despedida.
Somado ao Betão, a comissão toda foi dispensada, porém o clube segue assegurando a vaga na Copa Paulista, competição marcada para iniciar em junho. Dessa maneira, um possível substituto de Estevan na presidência do clube (o atual mandatário não descarta hipótese de deixar o comando do clube em nova eleição que seria agendada após comunicado ao conselho deliberativo), teria de arcar com as contratações, para montagem do elenco e de uma nova comissão técnica para a disputa do torneio.
A decisão por dispensar os cargos de confiança, partiu do presidente, que entende não poder deixar dívidas para uma possível gestão futura. "Não vamos deixar herança para uma eventual gestão futura. O estatuto está equivocado ao encerrar o mandato no meio de uma competição. Assumimos o Noroeste em 2016, em completa inatividade, o que dificultou muito o planejamento. Optamos, assim, por confirmar a presença na Copa Paulista em 2019, até porque havia data limite para isso. Consideramos essencial que o clube esteja em atividade profissional no segundo semestre, mas se o eventual novo gestor quiser cancelar a participação do time na Copinha, cabe a ele comunicar a Federação", disse Estevan Pegoraro, que aguarda interessados manifestarem interesse em assumir a presidência do clube.
Outro fator que desmotiva a sequência do trabalho, é o fato do clube não ser empresa, dificultando a aproximação de investidores, tornando a situação insustentável. "Todos os parceiros que poderiam ajudar o Noroeste se desinteressaram pelo fato de o clube ser uma associação civil e não um clube empresa", ressalta Pegoraro. Ele cita ainda que a transformação do clube em empresa depende de vontade política, especialmente por parte da prefeitura, pois isso só será possível após zeradas as pendências existentes.
Diante dos fatos, sabe-se que o clube vive novamente, momentos de incerteza, onde os funcionários aguardam por definições de uma "boa alma" para tocar o clube adiante e assumir as responsabilidades com a instituição centenária que representa o município bauruense.
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