Polina e Sarah realizam exames médicos e testes cardiológicos na Unimed
Jogadoras recém chegadas se submeteram a exames médicos e testes cardiológicos Foto: Priscila Nóbrega / Sesi Vôlei Bauru |
As estrangeiras Polina Rahimova e Sara Wilhite, que se apresentaram na semana passada, passaram por exames médicos e testes cardiológicos no Centro de Diagnóstico Unimed (CDU). Entre os exames estão: coleta exames laboratoriais, ecocardiograma transtorácico, eletrocardiograma e a Polina fez o ergométrico, até a exaustão.
“O objetivo desses exames médicos e os testes cardiológicos é para analisarmos a condição física das atletas e ter a certeza de que elas estão aptas para a prática esportiva. Após essas avaliações, conseguimos identificar se há necessidade de trabalhar estrategicamente de forma individual e coletiva com as atletas. Assim, teremos a segurança para nós como entidade e para elas como jogadoras”, explica o técnico da equipe, Anderson Rodrigues.
A Unimed, que patrocina o basquete e o vôlei há mais de 10 anos, foca em hábitos de vida saudáveis e vê o esporte como um ótimo exemplo disso. “O CDU tem uma estrutura completa onde é possível fazer diversos exames no mesmo local e frequentemente é utilizado pelos atletas dos times. Acreditamos em nossa cidade e apoiamos o esporte junto com nossos parceiros ajudando Bauru a ser cada vez melhor”, afirma Roberson Moron, diretor técnico do Centro de Diagnóstico Unimed.
Os exames
O talento do atleta não é suficiente para entrar em quadra e disputar um campeonato. O estado da sua saúde é fundamental. Por esse motivo, alguns exames são de suma importância. A avaliação e o levantamento do histórico de saúde, são os primeiros passos para em seguida, realizar os exames necessários.
Os exames laboratoriais têm objetivo de acompanhar ou identificar problemas como diabetes, alterações nos níveis de colesterol, anemia ou alguma disfunção hormonal (caso do hipotireoidismo) que podem impactar na performance em campo. São realizados também exames como o ecocardiograma e o teste ergoespirométrico, também chamado de teste cardiopulmonar.
O ecocardiograma é um exame de ultrassom que usa ondas sonoras de alta frequência para criar imagens que permitem avaliar todas as estruturas do coração e seu funcionamento – forma, tamanho e espessura, por exemplo. Já o teste ergoespirométrico analisa o comportamento do coração durante o exercício, o desempenho físico máximo do atleta e como é a resposta do sistema cardiovascular e pulmonar. Ele pode ser feito em uma esteira ou bicicleta ergométrica com aumento progressivo da carga.
Como os atletas praticam atividade física diariamente, o coração deles desenvolvem algumas adaptações. O objetivo desses exames, de acordo com o médico ortopedista do time, Roger Tedde Mansano, é melhorar a performance do órgão. Essas adaptações envolvem a frequência cardíaca, que no caso de quem pratica atividade aeróbica intensa pode ser mais baixa quando se está em repouso. O atleta de alta performance tem também uma recuperação mais rápida depois de uma corrida – ou seja, desacelera de uma forma mais efetiva.
“A estrutura do coração de uma jogadora é diferente. Ele pode hipertrofiar, que é o aumento da espessura da parede do órgão. Pode ainda apresentar um aumento leve de tamanho e mudanças na função de bombeamento do sangue com contração e relaxamento mais efetivos. Isso contribui para a melhoria do desempenho”, explica o médico, que trabalha no Sesi Vôlei Bauru em parceria com o ortopedista Carlos Eduardo de Matos.
Para o cardiologista, Caio Mauad, que realizou o exame ergométrico na Polina, a prevenção é sempre a melhor opção, por esse motivo, o exame é importante. “Esse exame é de alta intensidade, levando a atleta ao extremo de seu potencial, muitas vezes, até mais do que na partida de jogo, com ele conseguimos identificar se há arritmia cardíaca, o que levaria a morte súbita, em caso positivo”, expõe o médico.
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