Norusca faz acordos trabalhistas e Panela de Pressão pode ser penhorado


presidente Estevan Pegoraro
Foto: Bruno Freitas

O assunto que vinha se arrastando há vários anos, enfim, começa a ter um desfecho. 

O Esporte Clube Noroeste, por meio de seu presidente, Estevan Pegoraro, e o departamento jurídico do clube, fez acordo nesta quarta-feira (17/08) com representantes de 15 dos 46 jogadores que moviam ações trabalhistas contra o Alvirrubro. Outros 11 reclamantes podem fechar acordo nos próximos dias.

Segundo o advogado do clube, Gustavo Gândara Gai, o clube vai pagar os acordos a partir da próxima semana. Os demais jogadores, de outros advogados, que não fizeram acordo, dependerão do prosseguimento do processo de execução, cujo andamento das tratativas jurídicas e burocráticas podem perpetuar por vários anos.

“Fizemos tudo ao que estava ao nosso alcance para chegarmos a um denominador comum com todos. Oferecemos o que o Noroeste podia colocar em acordo, mas nem todos aceitaram. Faz parte. Agora a Justiça pode seguir com a execução, inclusive com a eventual penhora do ginásio, para eles poderem receber dentro deste prazo burocrático. Apesar disso, eu saio bastante satisfeito porque estamos cumprindo a nossa proposta de gestão e agora esperamos poder voltar a operar as contas em nome do clube. Para quem não fez acordo, o Noroeste está de portas abertas para negociar”, disse o presidente por meio da assessoria de imprensa do Noroeste.

De acordo com o departamento jurídico do Noroeste, fizeram o acordo Alexandre Raphael Bonifácio Ramos, Leandro Roberto Naziozeno, Mariano Fernandes de Souza, Jean Carlo Rodrigues, Idalina Barreiro Casteli, Armando Gonçalves, Henrique de Lima Leandro, Marlene Correa da Silva, Fernando Gonçalves Garcia, Alessandro Ricardo Ortolan, José Antônio Domingos, Giovanni Palmieri dos Santos, Thiago dos Santos Riato, José Renato Franco e Leonardo Nascimento Laurino.   


Noroeste depende da prefeitura para ginásio não ser lacrado

vista do ginásio Panela de Pressão a partir do estádio Alfredo de Castilho
Foto: divulgação


O palco dos jogos do Bauru Basket e do Concilig Vôlei Bauru pode ser inutilizado a qualquer momento. Isso porque a prefeitura de Bauru, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) e do chefe do executivo, o prefeito Rodrigo Agostinho, não chegaram a um acordo com valores que permeiam os aluguéis que a diretoria noroestina considera praticáveis pelo ginásio. 

Este impasse é uma pedra no caminho do planejamento de retomada da profissionalização das finanças e do futebol do clube, proposto por Pegoraro, que aderiu ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), obteve certidão negativa de débito estadual (CND) e fez o acerto na Justiça do Trabalho. 

A certidão de negatividade  da Justiça Federal acontecerá nos próximos dias. Agora só resta a prefeitura priorizar a negociação do tema para que o Centenário e maior patrimônio esportivo de Bauru volte a traçar planos ousados no Campeonato Paulista.

“Estamos trabalhando para que isso não ocorra, mas existe sim a possibilidade da gente colocar cadeado naquele portão do ginásio e deixar que a Justiça siga, ou não, com a execução da penhora. Não é o que a gente quer, de forma alguma, até porque entendemos que seria um desastre para o basquete e o vôlei, mas dependemos da boa vontade e agilidade da prefeitura de Bauru. Ainda tenho muita esperança de chegar a um acerto com o município. Conseguimos acertar com o governo estadual, com o governo federal, com a Justiça do Trabalho...Não consigo acreditar que com a prefeitura, entre nós bauruenses, que a gente não consiga chegar a uma solução para este impasse”, esclareceu o presidente.

Solução amigável

O prefeito Rodrigo Agostinho salienta que acredita em uma solução amigável no impasse sobre a renovação do aluguel do Panela. “Não acho que seja necessário qualquer radicalismo. É o único ginásio que o município tem. Espero que a gente chegue a um acordo, porque se houver algum tipo de radicalismo, a cidade fica sem o ginásio, o Noroeste fica sem o aluguel, enfim, todo mundo sai perdendo”, pondera o prefeito em entrevista ao Jornal da Cidade. 

Rodrigo argumenta que a proposta da Prefeitura está de acordo com a realidade do mercado de imóveis para locação na cidade.

“O preço dos aluguéis em Bauru diminuiu. O Noroeste, acho, tinha uma expectativa de que aluguel do Panela aumentasse, até porque já faz tempo que estamos alugando o espaço. Mas a avaliação da Seplan é de que o aluguel deveria ser um pouco menor do que era – antes girava em torno de R$ 20 mil. Eu entendo o lado do Noroeste e a Prefeitura reconhece que existe uma dificuldade muito grande em atribuir um valor a um ginásio. Não existem outros ginásios à disposição. Mas, mesmo que o aluguel diminua, é um dinheiro que entra no clube a ajuda e pagar dívidas”, conclui.

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