Atleta da ABDA obtém décimo segundo lugar na Academia de Polícia Barro Branco

Redação
Luan é goleiro da equipe da ABDA e já acumula diversos títulos na modalidade
Foto: Divulgação / ABDA

Luan Barbieri, de apenas 18 anos, já coleciona títulos na piscina e almeja ser piloto do Helicóptero Águia da PM


“O esporte ajuda sim na educação, principalmente na parte da disciplina.” É assim que Luan Silva Barbieri, 18 anos, atleta de polo aquático da Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (ABDA) define a relação entre essas duas áreas trabalhadas na instituição.

O jovem acaba de ser aprovado no concorrido concurso público da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB). Entre os cerca de 17 mil inscritos, Luan passou na 25ª colocação na prova escrita. Entretanto, no decorrer das várias etapas eliminatórias, o atleta foi melhorando sua colocação. Hoje está em 12º e sujeito a melhorar ainda mais sua classificação final.

Isso porque a vaga do Luan já está garantida. Mas se engana quem pensa que foi fácil chegar até aqui. Ele teve que conciliar muito bem os estudos com a rotina puxada de treinamentos e competições de polo aquático que já conferiram ao goleiro da ABDA títulos de campeão sul-americano, bicampeão brasileiro, vice-campeão pan-americano e uma ida a um mundial. “No esporte, para obter resultado, você precisa ser muito disciplinado nos treinos. Na escola, é igual”, avalia o atleta.

Luan Barbieri está na ABDA desde 2010 e, por seu excelente desempenho, conquistou direito à bolsa de estudos no nono ano do fundamental, passando depois ao ensino médio. “Fiz o ensino médio inteiro no COC e isso foi fundamental para eu passar no Barro Branco. Sou grato à ABDA e ao COC pela oportunidade. Ano passado, comecei a cursar direito e estou no começo do segundo ano, também como bolsista”, conta.
Sonho do atleta é ser piloto do helicóptero do Águia da Polícia Militar
Foto: ABDA / Divulgação

Luan relembra que, durante o ensino médio, começou a pensar em profissões a seguir. “Decidi pelo Barro Branco por me identificar com a função da PM de ajudar o próximo. Além disso, é uma profissão com plano de carreira e perspectiva de futuro.”

E, no futuro, o goleiro almeja trocar a água pelo ar. Luan conta que sempre gostou de aviação e, na polícia, quer aproveitar para se especializar. “Pretendo ser piloto do Helicóptero Águia e, para isso, é preciso ser formado no Barro Branco”, afirma.

Rotina puxada 

Para chegar ao seu objetivo, Luan Barbieri sabe que a rotina vai ser puxada. Mas, isso não o amedronta. Na escola de comandantes da Polícia, criada em 1913 e localizada na zona norte da cidade de são Paulo, o regime de estudos é em período integral, exigindo rigor e disciplina.

No Barro Branco, são formados futuros oficiais que exercerão funções de comando, direção e chefia da polícia ostensiva e atuarão na preservação da ordem púbica do Estado de São Paulo.

O curso de formação de oficiais dura 3 anos e engloba disciplinas das área de humanas e exatas em nível superior, como administração, direito, psicologia, filosofia, sociologia e informática. Além disso, o cadete cursa matérias especificas de treinamento policial, como planejamento, gestão, defesa pessoal, práticas de tiro e estágios de policiamento.

Para complementar, são realizadas atividades físicas e de condicionamento. Exercícios internos de táticas e técnicas de comando para enfrentar desafios variados por meio simulações de ocorrências reais completam a formação do futuro oficial.

Entenda o processo

Assim como o desenvolvimento dos cidadãos estimulado na ABDA, o processo de aprovação no Barro Branco engloba diversas etapas. O concurso começa com uma prova objetiva de 80 questões e uma redação. “Acertei 70 questões e fiz 16,9 de 20 pontos possíveis na redação, obtendo 86,9 de 100 pontos”, relembra Luan.

Rotina do atleta interrompeu as participações dele pela equipe bauruense
Foto: Arquivo Pessoal

Na sequência, vêm as etapas eliminatórias. A segunda é um teste físico, composto por barra fixa para homens e flexão para mulheres, abdominal, corrida de 50 metros, corrida de 12 minutos e 50 metros de natação. Etapa essa que o goleiro da ABDA encarou sem receio, afinal, para jogar polo aquático, a preparação física é intensa.

Em 2017, Luan já havia prestado o concurso do Barro Branco como treineiro, mas não tinha a idade exigida. “Tinha saído do ensino médio, não tinha estudado muito, mas peguei colocação 717. Fui chamado para fazer teste físico, psicológico e me reprovaram na análise de documentos como era esperado. Terminei o processo em 230, no ano passado, quando eram 221 vagas, esse ano são 270 vagas”, explica.

Planos para o futuro 

Com a nova rotina de internato, a ABDA vai perder um goleiro. “Infelizmente terei que me afastar, pois o Barro Branco tem atividades de manhã, tarde e noite. Mas, há grêmios com atividades complementares, inclusive natação. Posso optar por competir pela Polícia Militar”, planeja animado.

Os objetivos de Luan incluem se formar como segundo tenente, prestar concurso interno para se tornar piloto do Helicóptero Águia e, no futuro, se aposentar como coronel da PM.

Quanto ao esporte, por força do hábito, o atleta diz que não conseguirá ficar parado. “Infelizmente não poderei praticar na modalidade profissional, porém a polícia sempre incentiva sua tropa a fazer esportes pelo bem-estar e para a saúde do policial. Como tenho afinidade, pretendo continuar praticando algum esporte aquático”, explica.

Além de todos na ABDA, quem está muito feliz e orgulhosa é a família do Luan. O atleta fala sobre o apoio fundamental que sempre recebeu de pai e mãe. “Quando falei do Barro Branco, mesmo sabendo que seria muito concorrido, eles sempre me apoiaram e era motivo de orgulho para eles conforme eu ia passando nas fases. Eles entendem que é uma profissão de risco, mas meu pai e meu avô são policiais aposentados e sabem que é também um profissão digna e muito boa”, afirma.

Luan Barbieri é uma das provas vivas de que o lema da ABDA aplicado de maneira integral e consciente transforma a vida. Persistência, humildade e fé são pilares fundamentais na formação de um grande cidadão.

Fonte: Sheila Junqueira / ABDA



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