Estádios de Bauru - Parte 1
Postado em 14 de março de 2014, sexta-feira, à 01:10
Começamos nesta quinta-feira (13/03) um tour pela cidade de Bauru para mostrar a realidade de cada estádio distrital. Com todo respaldo do vereador Fabiano André Mariano (PDT), mostraremos campo a campo como estão a condição dos gramados, estruturas e o que dizem seus respectivos caseiros a respeito.
Distrital José Carlos Galvão de Moura
Parte interna de um dos vestiários Foto: Edielson Pereira/TNRB |
O primeiro campo a ser visitado, foi o distrital José Carlos Galvão de Moura, no Núcleo Gasparini. Lá, que é um dos principais campos que geram reclamações, a grama foi cortada durante o dia de quarta-feira (12/03), conforme informou sr. Raimundo, de 49 anos, caseiro do campo.
O serviço, feito por funcionários da SEMEL, foi realizado com a roçadeira que lhe é pertencida. Porém, os demais materiais necessários para limpeza geral do espaço, ainda não chegaram da Secretaria:
"Fiz a solicitação de diversos materiais como enxada, lima, foice e produtos de limpeza há sete meses à SEMEL e ainda não fui atendido. Quarta (12/03) eles vieram roçar aqui, pegaram minha roçadeira emprestada, cuja qual tive que pagar R$ 200,00 do próprio bolso para poder trabalhar, e cortaram a grama. No decorrer do dia de hoje (13/03), ainda farei o rastelamento. Minha esposa, de 40 anos, me ajuda com frequência, pois como possuo uma hérnia de disco, fico limitado a alguns serviços. Com dó da situação que fica o espaço, ela vai varrendo muitas vezes a arquibancada para tentar manter um bom visual.", disse o caseiro que está lá há cerca de três anos.
No período em que não há competições, Raimundo disse que o estádio é utilizado normalmente pelo 100% Gasparini para realizar amistosos de preparação: "No período sem competição, o campo é utilizado normalmente pelo time daqui. Recentemente, agora neste início de ano, como não pude fazer a limpeza e roçar o gramado, eles jogaram com a grama muito alta, quase que sem condições de ver a bola.", frisou.
No campo, constatamos a sujeira interna dos vestiários, grama alta no lado de fora do muro dos vestiários, o lamaceiro formado no estacionamento quando há chuvas, o muro instável que fica atrás da cabine dos representantes, o barranco no lado de fora do campo atrás da referida cabine, sujeira no banco de reservas, ausência de um portão na entrada do estacionamento, e o mato alto nas três quadras que ficam atrás de um dos gols.
Em seguida, chegamos ao tão especulado e eterno futuro estádio distrital Josival Rocha, no Parque São Geraldo. Lá, um dos moradores disse que há cerca de 20 anos, escuta essa possibilidade de construção deste estádio.
Situado a quadra cinco da Rua Belmiro Pereira, encontramos colaboradores da Secretaria do Meio Ambiente fazendo alguns reparos próximo a calçada. Embaixo, no local do campo de futebol, há traves instaladas por conta de treinamentos oferecidos por escolas de futebol.
Entretanto, uma parte ao fundo deste espaço público, é de propriedade particular. Porém, nada que impossibilitasse a construção do estádio.
Conforme relatou a pastora Odete, moradora mais antiga do bairro (aproximadamente 50 anos) e que tem sua residência em frente ao campo, disse que já é um desejo antigo da maioria dos moradores em ter este estádio, principalmente por conter um time que disputa competições naquele local, o EC São Geraldo.
"Sou a moradora mais antiga do São Geraldo. Há tempos que se tem esta expectativa da construção do estádio aqui. Seria uma boa ideia também, se de fato realizarem a tal construção, deixar um espaço destinado aos moradores como forma de lazer, para realização de festas entre outras coisas. Pois aqui, que já existe o Centro Comunitário, temos que desembolsar R$ 480,00 para podermos utilizar.".
No Estádio Municipal, com capacidade para 1.824 espectadores sentados, há poucas irregularidades. O caseiro Gilberto fazia a limpeza da cabine de imprensa após lavagem dos sanitários.
Totalmente estruturado, o campo que ficou durante um bom tempo fechado, é a prova de que têm condições de continuar recebendo competições municipais e Estadual também.
"Recebo com frequência a visita de várias autoridades de cidades vizinhas que passam por aqui querendo dar uma olhada na estrutura do estádio. Todos elogiam e parabenizam por isso. Entretanto, temos aqui o problema do gramado. O gramado em si, é bom, mas não foi estruturado corretamente como foi o do Jardim Redentor por exemplo.".
Os vestiários estavam fechados, porém, comumente encontram-se em bom estado de conservação. O que de fato chamou a atenção com relação a algumas inconformidades, foram as gramas altas no estacionamento e algumas poucas atrás dos bancos de reservas, além de um amontoado de terra com alguns galhos de árvore próximo ao vestiário da arbitragem. A quadra que fica ao fundo do campo, no lado superior esquerdo do portão de entrada, não está sendo utilizada.
Ao lado e atrás do vestiário dos jogadores, estavam expostas as placas de publicidade do Campeonato Estadual de Seleções de Ligas Municipais realizado em 2013, pela Federação Paulista de Futebol.
Em suma, Gilberto também lamentou a demora da SEMEL para entrega de alguns materiais: "Fiz a solicitação para a Secretaria de alguns materiais de limpeza em janeiro, e por enquanto não entregaram. Além do mais, também não me deram resposta quanto ao prazo para entrega.".
O referido caseiro salientou ainda que durante a semana, conta com a ajuda de três detentos para manutenção dos serviços do campo, mediante a suas prestações de serviços comunitários.
O referido caseiro salientou ainda que durante a semana, conta com a ajuda de três detentos para manutenção dos serviços do campo, mediante a suas prestações de serviços comunitários.
Distrital Toninho Guerreiro
Lado externo dos vestiários pichados e vazamento de caixa d'água Foto: Edielson Pereira/TNRB |
No Mary Dota, a condição do estádio realmente chama a atenção. Ao lado do portão de entrada do distrital pela rua Antônio Crepaldi, há um espaço vago onde deveria ter a continuação dos muros que cercam o campo.
Neste espaço, alguns moradores, conforme relatou o caseiro Paulo, aproveitam para jogar entulho e contribuir com a poluição do local.
Conforme relatou o mesmo caseiro, que está lá há cerca de três anos, um dos maiores problemas contidos naquele distrital é falta de pressão da caixa d'água, que impossibilita aguar o campo inteiro. Não bastasse, a mangueira que possui para realizar tal serviço, também não é suficiente, pois é curta: "Fiz o pedido da extensão da mangueira quando entrei aqui, há três anos. E até agora não me mandaram.".
Outro problema envolvendo a caixa d'água, é a falta da boia que uma delas possui. Quando enche, simplesmente transborda.
Atrás dos vestiários, que estão com toda a frente pichados, há mato alto. Porém, Paulo garantiu a limpeza durante o dia de quinta e também do mato alto atrás das arquibancadas até a realização da rodada deste final de semana dos campeonatos amadores.
Quarta (12/03), segundo informou, colaboradores da SEMEL estiveram lá e utilizaram a roçadeira para baixar a grama do campo.
Entre outros problemas, a arquibancada, pintada em 2012 e com boa parte também pichada, apresenta uma rachadura por conta da infiltração no terreno que fica atrás. Conforme relatou, Paulo disse que a água da chuva que desce sob a arquibancada, já chegou ao gramado e afundou parte de linha de fundo do campo.
A cabine do representante, também está pichada. No campo, há uma poça de lama por conta da chuva e pela falta de grama. Em um dos vestiários, falta um pedaço de telha; e consequentemente, molha quando chove.
Paulo também detectou um problema no cavalete do muro de entrada pela rua Alberto Paulovich. Segundo ele, o DAE já foi verificar, porém ainda não solucionou o problema: "Com este vazamento que fica aqui, tenho que ficar abrindo e fechando o registro para não vazar água, mas também para não faltar aos jogadores. Pois água tem, mas estamos com estes problemas do cavalete, da caixa transbordando pela falta de boia e da falta de pressão da caixa d'água maior.".
Apesar das adversidades, Paulo não reclama quanto ao prazo de entrega dos pedidos solicitados à SEMEL: "Ultimamente eles vêm agradando neste aspecto. Fiz uma solicitação de vários materiais para o campo no final de fevereiro e já recebi. Esperou apenas passar este período de Carnaval. Está faltando somente o cal, que não veio. E neste caso, quando faço um pedido de material e este está faltando para a Secretaria, demora cerca de uma semana para chegar.".
Distrital Nelson Reginato do Canto
Entrada do distrital pela Rua Carlos Giaxa Foto: Edielson Pereira/TNRB |
No recém-inaugurado campo do Jardim Redentor, o que há de regular é somente o gramado. Parcialmente reformado por funcionários da Secretaria, conforme relatou o caseiro Paulo, coube a ele, terminar o serviço.
"A Prefeitura mandou algumas pessoas aqui que vieram e fizeram o serviço pela metade e eu tive que terminar. Não reformaram os vestiários, os banheiros estão sem portas, há problemas nos disjuntores dos refletores do campo. Estou aqui há seis anos, e falta a máquina para roçar grama, bem como dificilmente recebo os materiais pedidos. Eles mandam o básico, como sacos de lixo.".
No distrital, verificamos logo na entrada, pela rua Carlos Giaxa, que fica de esquina com Av. Cruzeiro do Sul; amontoados de lixo de construção. O portão está danificado, com pontas de arames farpados por cima. Dentro do campo, durante toda extensão dos alambrados que o entornam, há várias pontas de arame.
Por se tratar do único distrital que possui refletores (seis postes de iluminação), o Nelson Reginato do Canto poderá receber jogos noturnos da Liga Bauruense caso alguma equipe classifique-se e dispute o Estadual de Clubes, campeonato organizado pela Federação Paulista; a exemplo do que fez o Unidos do Bauru XVI em 2009.
Porém, Paulo informou que além do problema com os disjuntores, há uma lâmpada queimada e outras duas têm que ser feito o seu reposicionamento. Contudo, não soube especificar quanto tempo levaria para tal execução do serviço.
A exemplo da maioria dos distritais, há uma quadra acimentada ao fundo do campo que também não tem utilização.
Comente!