Noroeste e Penapolense empatam sem gols e postura alvi-rubra agrada Sangaletti

Renato Oliveira em disputa de bola no amistoso em Penápolis
Foto: Bruno Freitas / EC Noroeste

Apesar do 0 a 0, técnico Sangaletti fica animado com a boa atuação da defesa e com as chances de gol que foram criadas  no primeiro e no segundo tempo

A comissão técnica do Noroeste voltou de Penápolis animada com o desempenho do time após o empate de 0 a 0 deste sábado (7), contra a Penapolense, em Penápolis. O time de Bauru jogou bem, mostrou consistência e compactação defensiva, velocidade na transição entre defesa e o meio-ofensivo e o saldo do elenco foi muito positivo, de acordo com o técnico Marcelo Sangaletti.

"Foi um bom jogo e isso é resultado dos treinamentos que vem acontecendo, intensamente, há mais de um mês, em dois períodos. E tudo é uma progressão gradativa. Começamos a desenhar o time, uma linha de trás, para obtermos mais posse de bola e colocar em prática tudo o que estamos trabalhando. O resultado do jogo é o que menos interessa, mas o Noroeste teve quatro chances de gols claras. O importante foi enfrentar time de divisão superior. E hoje ficou bem claro que no mano a mano temos muita qualidade", disse Sangaletti, por meio da assessoria de imprensa do Noroeste. 

O time adversário, campeão da A3 de 2011, está sendo bem montado para a Série A2, sob o comando do técnico Edson Só, que também já treinou o Norusca em 2004. O time gosta de jogar com a posse de bola, o que fez o Noroeste correr bastante no comecinho da partida enquanto estudava as características da Penapolense. O principal atacante deles, Hygor, ex-Noroeste, foi muito bem marcado pelo zagueiro noroestino Renato Oliveira e pouco acrescentou contra o time Alvirrubro. 

O jogo

Com uma defesa muito bem postada nesta partida, com Airon, Vitor Gava e Renato Oliveira, dando tranquilidade ao time, o Noroeste conseguiu incomodar a Penapolense a partir  dos 10 minutos de jogo, com uma triangulação no meio de campo, entre Diego Iatecola, Juninho Bueno e Gabriel Barcos. 

Após cobrança de falta partindo da direita do ataque noroestino, Barcos jogou por cima, de cabeça. O atacante teve mais duas chances de marcar, outra de cabeça, para fora, e uma cobrança de falta que tirou tinta da trave direita do goleiro.

Foto: Bruno Freitas / EC Noroeste

O time de Penápolis assustou com um chute que balançou a rede, pelo lado de fora, e numa batida de chapa que o goleiro Airon caiu e fez a defesa.

No segundo tempo só deu Noroeste. A Penapolense cansou, e mesmo com Sangaletti fazendo as substituições, o Norusca agrediu do começo ao fim. Juninho Bueno, que jogou mais ofensivo, pelas extremidades do campo, foi um dos principais nomes do jogo. Ele chegou na área com três oportunidades de gol. 

Na primeira não foi fominha, preferiu o passe no meio da área e Edrean, que havia entrado na segunda etapa, perdeu o gol. Depois ele bateu cruzado e o goleiro defendeu. Já nos acréscimos, ele driblou dois jogadores, ficou de frente para o gol, mas faltou precisão na perna esquerda e o arremate foi para fora. Juninho, ao lado de Jonatas Paulista, foram os únicos que Sangaletti deixou em campo do começo ao fim. 

Percepção individual

Outro aspecto positivo do Norusca foi a tranquilidade dos volantes Maicon Douglas e Jonatas Paulista, que além de marcar, municiaram muito bem os companheiros com passes, e pouco erraram. 

O lateral-direito Thiago Félix, voltando de uma lesão grave no joelho direito, após 10 meses entre cirurgia, fisioterapia e preparação física, jogou muito bem, tanto no apoio ao ataque e compondo o sistema defensivo. Quem atuou pela esquerda foi o jovem Rael, de 17 anos, que veio da base do São Paulo. Ele agradou pela habilidade, tranquilidade nos passes e pela força muscular. O atleta está em negociação. 

Diego Iatecola, no meio, mostrou, mais uma vez, que deve ser o titular. Tem muitos recursos com a bola nos pés e chamou a atenção pela boa articulação das jogadas, como um armador e finalizador. Briga o tempo todo para roubar a bola, é chato na marcação e pressiona a saída de bola. No primeiro tempo, verticalizou muito bem a bola, buscando Gabriel Barcos e Juninho.

Barcos atuou muito bem, teve chances de gol, mas perdeu um pouquinho de gás na segunda etapa e foi poupado. O meia Jhony, da base, teve a oportunidade de ser titular e não decepcionou. Agressivo ofensivamente, ele dominava a bola e ia pra cima até ser parado com faltas, em três oportunidades. Já Juninho Bueno, mostrou à que veio e vai acirrar a briga pela titularidade no ataque noroestino. Dor de cabeça boa para o técnico.

Foto: Bruno Freitas / EC Noroeste

"Conseguimos criar muitas chances de gol e agora é trabalhar pra melhorar e no próximo jogo fazer a rede balançar. Ali no finalzinho quase que eu fiz o nosso gol da vitória, mas o cansaço fez faltar um pouquinho de perna e o chute não saiu como eu queria. Mas está ótimo. O torcedor pode ter certeza que vai ter muita entrega e vamos nos doar ao máximo na A3", comentou o bauruense Juninho Bueno, pela assessoria noroestina.

Rafinha, no meio, Pedro, de volante, e Guilherme Biro, na lateral-esquerda, todos da base, também entraram no fim e atuaram bem. Ainda no segundo tempo, como suplentes, o meia Sousa atuou na direita, substituindo Thiago Félix. Citta Jr. e Henrique Alemão entraram na zaga e mostraram bom futebol. Edrean também entrou e jogou na frente. 

O goleiro Roger Silva substituiu Airon e foi bem quando acionado. Bom goleiro e tem qualidade para sair do gol na bola aérea. Não a toa, segundo a diretoria, foi um dos primeiros da Série A3 de 2016 que foi cotado a voltar ao elenco.

O Noroeste foi a campo com os seguintes atletas: Airon (Roger), Thiago Félix (Sousa), Vitor Gava (Henrique Alemão), Renato Oliveira (Citta Jr.), Rael (Guilherme Biro), Jonatas Paulista, Maicon Douglas (Pedro), Jhony (Edrean), Diego Iatecola (Rafinha), Juninho Bueno, Gabriel Barcos.

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